segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Gula de viver

Estou aproveitando um dia de cada vez.
Chega dessa gula de viver. Aprecie o sabor da vida.
Deguste os momentos.
Eles não voltam.
Engula tranquilamente cada dia.
Se satisfaça com o agora.
O amanhã é incerto.
É apenas uma probabilidade.
A certeza é hoje.
Coloque suas ideias no papel.
Livre-se dos obstáculos.
Foi você que os colocou.
Chore. Sorria.
Não reprima seus sentimentos.
Reflita.
Faça.
Ame.
Viva.

Lucas Vechiato





segunda-feira, 14 de setembro de 2015

E se foi

A verdade é que eu já deveria ter me acostumado
Me acostumado a aceitar que toda glória é passageira
Que bons momentos duram menos que o palpitar de um coração
Ou uma noite de sono
Deveria ter aceitado que a minha plenitude
É como um catavento no olho de um furacão
Que minha paz de espírito é tão duradoura
Como papel sobre a água
As vezes meu sorriso parece ser maquiagem de palhaço
Que se desfaz após um dia de trabalho
Quando chega o cansaço
E talvez, quem saiba eu só precise de um abraço
Ou fugir para qualquer lado
Mas de uma coisa eu estou certo
Eu deveria ter me acostumado. ..

Lucas Vechiato


quinta-feira, 25 de junho de 2015

Nossa dor

Há um tempo eu venho não querendo sentir
Só não queria ter de chorar
Só não queria ter de ficar triste
Não querer me sentir assim
Mas a males que vem pro bem
Há um tempo eu venho não querendo sentir
Só não queria ter de ficar com esse nó na garganta
Só não queria ter descoberto o que descobri
Não queria sentir essa dor
Mas ela é só minha
E precisa ser sentida
Faz parte do ciclo
Do equilibro
Da vida
Essa que é irônica, sádica e insana
Mas continua linda
Que nos magoa
E ao mesmo tempo nos proporciona um novo dia
Aonde podemos dar o melhor de si novamente
Tentar de novo
E graças a dor
Tomar um caminho diferente

Lucas Vechiato





segunda-feira, 22 de junho de 2015

Pequeno tempo de paz

Olho o relógio do celular pela décima sétima vez nessa madrugada
O dia está amanhecendo
Eu não consigo dormir
São tantas coisas acontecendo agora
Coisas que há pouco não ''existiam''
Ou que pelo menos eu pensava não existir
Mas eu tendo a seguir o caminho do inferno
Ou traze-lo até mim
Sei lá,
Depende do ponto de vista
A realidade é que já é de manhã
E essa é mais uma noite de sono perdida
Meu único conforto são as teclas do computador
Essas palavras na tela
A música no fone
E esse pequeno tempo de paz
Abri a janela pra ver o sol nascer
Mas o prédio em frente cobre minha visão de praticamente tudo 
Só enxergo janelas e cimento 
Até o sol foge da minha companhia 
Mas tudo bem
Quem sabe eu pegue no sono
Durma algumas horas
E acorde com mais um pesadelo 
Esses que me visitam intimamente toda noite
Colocarei meus chinelos
Tomarei um copo da água
Entrarei no banheiro 
Olharei pro espelho 
E ali enfrentarei meus demônios. (mais um dia, todos os dias)
Bom dia.   

Lucas Vechiato 

 
  
        
  
  

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Via de mão tripla

Eu me deixei enganar pelo instante.
O estopim dessa guerra de sentimentos. 
Todo dia parece um novo fim.
Ou começo.
Você está confusa.
Mas a confusão é mutua.
Você está com a conciência pesada.
Mas que ela pese para ambos os lados.
Pois não se baseia só no que tu sentes.
É uma via de mão tripla.
Eu não quero interpretar as coisas a minha maneira.
Mas as vezes não tem outra forma.
Hoje tu me das bom dia.
No outro se quer visualiza minhas mensagens.
E ai eu ponho-me novamente a refletir sobre tudo.
Gostaria de ouvir teu coração.
Escutar palavras suas.
E não apenas concordar com tudo que digo.
Seja essas, palavras que me agradariam ou não.
O importante é a sinceridade que haveriam nelas.
Mas tu nos prende com suas frases feitas e teu doce olhar.
Nos faz de refém da sua confusão.
E nesse meio tempo não diz que sim e nem que não.
Não demonstra saudade.
E nem o contrário.
Sente ciúmes.Mas beija outra boca.
Não se esforça para ficar.
E nem para ir.E a cada dia que passa você faz falta.
E no fundo parece que é isso que deseja.
Nos conquistar.
Causar saudade.
Mas sem se comprometer. (Uma pena, você já está comprometida)
Porém, o mundo da voltas.
E a vida nos ensina que para ter as coisas.
Não é apenas querer. 

Lucas Vechiato







quinta-feira, 11 de junho de 2015

Até onde eu aguentar

É, então eu me deixarei enganar
Farei da sua mentira a minha verdade
Da sua dúvida a minha certeza
Fingirei que está tudo bem
E quando segunda-feira chegar
Vou acreditar na sua saudade
E mesmo que não tenha me chamado
Deixarei que teus subterfúgios me convençam
Se eu te peço um minuto,
É porque pode me dar uma hora
Se te peço um dia
É porque pode me ceder um fim de semana
E se te peço um beijo
É porque pode se entregar em mais profunda volúpia
O teu descaso me atinge
Assim como tua frieza
Me impressiona como ficou tão fácil
Pra você contar mentiras
Mas quem sabe num outro dia
Você passe a enxergar
Mas por hora me deixarei enganar
E quando o teu silêncio vir
Eu o deixarei machucar
Até aonde eu não sei
Talvez até onde eu aguentar

Lucas Vechiato


segunda-feira, 8 de junho de 2015

The song War




The sound of bullets are my alarm clock
I'm half a world away of you
and I still can hear her singing
filling our home of joy
but here, at the moment
death is my only company
I don't know how long I can stand
fuck, if they were so many mates
Many who died next to me
many who will not return
their blood still trickle through my fingers,
my hair,
my face
my dear, I swear I'm doing everything to return
but I think it will not give
be happy my love
take good care of our babies
oh my darling
this cold and I do not feel my legs
my lips tremble
...
the sounds of the weapons are gone
now I only hear my heart beating
and his voice
singing


Lucas Vechiato


terça-feira, 2 de junho de 2015

Página em branco

A inspiração me beija pela noite e vai embora pela manhã.
Certa vez resolvi segui-la.
Mas nada encontrei.
Ela é misteriosa e no meu caso, só aparece nos dias chuvosos.
Como um remédio para alma.
Pra quem vive enfermo de espírito.
Ela me proporciona demasiados começos.
Mas nenhum fim.
Minha vida nesse aspecto é sempre uma página em branco.
Uma nova ideia que será cogitada.
Mas nunca desenvolvida.
Talvez hoje mesmo eu embarque em um trem atrás dela.
Não sei por onde começar.
Já perguntei, mas ninguém soube me responder com certeza onde que mora a inspiração.
Acho que ela vive vagando por ai, como uma cigana.
Não tem um lar fixo.
Mas vez ou outra vem me visitar.
Me preenche de madrugada.
E esvazia-me à alvorada.

Lucas Vechiato






Pensamentos

E minha aturdida mente não me deixa dormir.
Meus olhos ainda não se pregaram.
Culpa dessa insanidade de pensamentos.
Toda noite é sempre a mesma coisa.
Uma breve reflexão da minha vida.
E aquele sentimento de bosta vem querer me deprimir.
Dai eu tento me afastar desses devaneios e apego-me ao presente.
O que fiz ontem, o que farei hoje, amanhã...
Enfim, essas coisas.
O problema é que estou ansioso.
Não euforico e impaciente como de costume.
Mas pensando muito sobre certas coisas.
Coisas boas, muito boas. 
Cogitando ideias e criando situações.
Ah, lembrando de outras também.
A uma linha tênue entre esses pensamentos.
O certo e o errado se anulam.
É a semelhança entre dois conceitos distintos.
Ah! droga, 7:30.
Preciso dormir.
Tentarei.
Na companhia dos meus pensamentos.

Lucas Vechiato



quinta-feira, 14 de maio de 2015

Quando tudo parece azul, o vermelho toma conta.
A certas palavras que se reprimem por si só.
Querem ser ditas, mas não são pronunciadas.
Talvez porque não serão ouvidas.
Ou escutadas.
Há dias em que o sol do meu sorriso é escondido pelas nuvens.
E o tempo esfria.
Como o verão e o inverno.
E que mal há nisso?
Se até o planeta tem suas estações...
Nem tudo é necessário ser falado.
Por isso aprecio a percepção.
Quem observa não precisa de palavras.
Quiça de soluções.
Mas esse é mais um ônus de ser humano.
Um saco de carne, ossos e água (e suas derivações).
E os malditos sentimentos.

Lucas Vechiato


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Limbo

Adentro-me em mim.
Numa profunda escuridão.
Nuvens cinzentas carregadas de sentimento.
O mundo adormece mas eu continuo aqui.
A paisagem que contempla meus olhos é a única companhia.
Que saudosa sensação.
É como estar entorpecido em meio a imensidão do nada.
Flutuando na escuridão.
Não há som ou luz.
Apenas eu.
E meus pensamentos.
E meus anseios.
E meus desejos.
Meus sonhos.
Minha vontades.
Num ciclo infinito de falhas e acertos.
Que ainda não me levaram a lugar nenhum.
 ...
Ou levaram? 

Lucas Vechiato




sábado, 4 de abril de 2015

Poema de um dramalhão

E essa intensidade prejudica.
O anseio não da cartão de visita. 
Quanto drama! tsc, tsc. 
Mas quanto drama! Eles dizem. 
E eu apenas observo. 
As portas sempre continuaram abertas. 
Fazer o que. 
Assim sou eu. 
O garoto dos adjetivos. 
Das palavras bonitas. 
Das risadas, dos conselhos.
Dos começos.
Fins e meios. 
Talvez para uns, eu seja como o lar doce lar em dias de chuva. 
E para outros apenas uma cobertura,
Passageira,
Para não se molhar.
Seja qual for, é demasiado bacana ter alguma serventia. 
Pois sem demagogia. 
Me falta aquele orgulho de forma sadia. 
Não sou uma pessoa fácil de lidar,
Pra ser meu amigo de certa forma é um sacrifício,
mas não se preocupe, tudo comigo é recíproco.
Pode ser que eu esteja fazendo papel de bobo.
Que a decepção cedo ou tarde aparecerá.
Mas falando sério, de que isso importa?
Afinal, de alguma forma sempre iremos nos magoar.
A diferença é valer a pena. 
Sim, eu sei que tem uns que não valem o esforço nem da prega da nossa bunda ao se levantar. 
Mas até descobrirmos que esses são.
Iremos nos decepcionar. 
Mas afinal, seja eu cobertura ou casa, 
Em dias de tempestade, 
Até um pedaço de telha faz falta.

Lucas Vechiato






terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Algo me incomoda

Não sei se são os raios e trovões quem caem sem pudor, parecendo uma batalha de deuses gregos, em mais uma noite quente de Janeiro.
Ou se são as gotas de chuva que caem repetidamente no asfalto, encharcando os moribundos que não tem aonde se refugiar.
Ou a opinião alheia de pessoas aleatórias.
Algo me incomoda.
Não sei se é a casquinha do machucado que tanto coça ao cicatrizar.
Ou as borboletas no meu estômago devido ao excessivo consumo de café.
Ou até mesmo me incomodar porque algo me incomoda.
É, mas de qualquer forma, algo me incomoda.
Não se é o ódio ou o amor. Na realidade não sei se tem haver com a porcaria dos sentimentos.
Talvez seja aquela maldita entrevista de emprego que não deu em nada.
Ou o personagem daquele livro ter morrido sem explicação.
O fato de você não estar aqui, quem sabe.
A fome que aumenta porque a janta ainda não está pronta.
O lábio que anceia o beijo, o corpo que deseja a carne.
Ah não! Sem muito sentimentalismo dessa vez Lucas.
Algo me incomoda.
Não sei se é por não saber a origem de tudo.
Ou se tudo é o nada.
E vice-versa.
Ou talvez apenas o fato de estar incomodado por não saber o que me incomoda. 

Lucas Vechiato