quinta-feira, 14 de maio de 2015

Quando tudo parece azul, o vermelho toma conta.
A certas palavras que se reprimem por si só.
Querem ser ditas, mas não são pronunciadas.
Talvez porque não serão ouvidas.
Ou escutadas.
Há dias em que o sol do meu sorriso é escondido pelas nuvens.
E o tempo esfria.
Como o verão e o inverno.
E que mal há nisso?
Se até o planeta tem suas estações...
Nem tudo é necessário ser falado.
Por isso aprecio a percepção.
Quem observa não precisa de palavras.
Quiça de soluções.
Mas esse é mais um ônus de ser humano.
Um saco de carne, ossos e água (e suas derivações).
E os malditos sentimentos.

Lucas Vechiato


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