terça-feira, 17 de setembro de 2013

Toc, toc, toc.
Os dedos tamborilam no teclado.
O lápis dorme na ponta da boca.
Os olhos vagam pelo branco.
As ideias não encontram um caminho para o papel.

Tum, tum, tum.
Sinto os segundos passando a cada batida de meu coração.
A noite pouco a pouco tornando-se manhã.
O relógio incansavelmente trocando os números.
A vida se tornando morte.

-, -, -
O silêncio, mútuo, apenas ele e eu.
O destino, de costume pragmático.
Visivelmente, tudo parado.
Psicologicamente, hora a Sé as seis da tarde, hora minha rua as duas e trinta e sete da madrugada.

Tlec, tlec, tlec
O teclado digitando.
Apagando.
E colocando o ponto final.

Lucas Vechiato