A inspiração me beija pela noite e vai embora pela manhã.
Certa vez resolvi segui-la.
Mas nada encontrei.
Ela é misteriosa e no meu caso, só aparece nos dias chuvosos.
Como um remédio para alma.
Pra quem vive enfermo de espírito.
Ela me proporciona demasiados começos.
Mas nenhum fim.
Minha vida nesse aspecto é sempre uma página em branco.
Uma nova ideia que será cogitada.
Mas nunca desenvolvida.
Talvez hoje mesmo eu embarque em um trem atrás dela.
Não sei por onde começar.
Já perguntei, mas ninguém soube me responder com certeza onde que mora a inspiração.
Acho que ela vive vagando por ai, como uma cigana.
Não tem um lar fixo.
Mas vez ou outra vem me visitar.
Me preenche de madrugada.
E esvazia-me à alvorada.
Lucas Vechiato
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