quinta-feira, 9 de abril de 2015

Limbo

Adentro-me em mim.
Numa profunda escuridão.
Nuvens cinzentas carregadas de sentimento.
O mundo adormece mas eu continuo aqui.
A paisagem que contempla meus olhos é a única companhia.
Que saudosa sensação.
É como estar entorpecido em meio a imensidão do nada.
Flutuando na escuridão.
Não há som ou luz.
Apenas eu.
E meus pensamentos.
E meus anseios.
E meus desejos.
Meus sonhos.
Minha vontades.
Num ciclo infinito de falhas e acertos.
Que ainda não me levaram a lugar nenhum.
 ...
Ou levaram? 

Lucas Vechiato




sábado, 4 de abril de 2015

Poema de um dramalhão

E essa intensidade prejudica.
O anseio não da cartão de visita. 
Quanto drama! tsc, tsc. 
Mas quanto drama! Eles dizem. 
E eu apenas observo. 
As portas sempre continuaram abertas. 
Fazer o que. 
Assim sou eu. 
O garoto dos adjetivos. 
Das palavras bonitas. 
Das risadas, dos conselhos.
Dos começos.
Fins e meios. 
Talvez para uns, eu seja como o lar doce lar em dias de chuva. 
E para outros apenas uma cobertura,
Passageira,
Para não se molhar.
Seja qual for, é demasiado bacana ter alguma serventia. 
Pois sem demagogia. 
Me falta aquele orgulho de forma sadia. 
Não sou uma pessoa fácil de lidar,
Pra ser meu amigo de certa forma é um sacrifício,
mas não se preocupe, tudo comigo é recíproco.
Pode ser que eu esteja fazendo papel de bobo.
Que a decepção cedo ou tarde aparecerá.
Mas falando sério, de que isso importa?
Afinal, de alguma forma sempre iremos nos magoar.
A diferença é valer a pena. 
Sim, eu sei que tem uns que não valem o esforço nem da prega da nossa bunda ao se levantar. 
Mas até descobrirmos que esses são.
Iremos nos decepcionar. 
Mas afinal, seja eu cobertura ou casa, 
Em dias de tempestade, 
Até um pedaço de telha faz falta.

Lucas Vechiato