sexta-feira, 10 de junho de 2016

O beijo da Libélula

Ela acordou decidida.
Mandou mensagens para seus amigos e conhecidos.
Tomou café e comeu uma maçã.
Mas não se trocou.
Vestindo seu moletom surrado, ela abriu a porta e saiu de casa.
O frio congelava as pontas dos dedos de sua mão.
Mas isso não a incomodava.
Não mais.
Na verdade ela estava entorpecida em nostalgia.
De momentos vividos e outros eu nunca existiram.
A garoa se transformou em chuva.
A rua se transformou em estrada.
E a garota se transformou em anjo.
Que ao atravessar, se despediu precocemente da vida.

Lucas Vechiato


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