Quando pequeno sonhava em ser arqueólogo.
Vez e outra dava vontade de ser jogador de futebol.
Claro que super-herói também era um hipótese (talvez ainda seja).
Acabou o ensino fundamental ... e um pouco da ''fantasia''.
Engenheiro, advogado, médico, rodeavam nos papos do colégio.
Em minha cabeça também.
Chegou o ensino médio e é óbvio que ter uma banda ia ser o futuro.
Tudo bem, eu não era bom com nenhum instrumento.
Mas tinha voz, amigos e um microfone.
Veio as decepções, junto delas o começo da maturidade.
Ué, sou ''bom'' com computador. É isso, vou me formar em ciências da computação.
Mas exatas nunca foi meu forte.
Vamos pra humanas então.
Professor de História?
Talvez.
Chegou o fim do ensino médio.
O o que eu sabia fazer?
Hum... sempre elogiaram minha escrita.
Pronto, serei escritor, poeta, filosofo.
Mas descobri que no fim das contas, não sou tão original quanto achei que fosse.
E nesse ou naquele momento, me senti perdido (ainda me sinto).
Tudo que eu queria era um universo em que as coisas dessem certo.
Que os sonhos criassem vida.
Assim como nos filmes.
...
Filmes...
Serei diretor de cinema (ainda resta um fio de esperança).
Muita pretensão.
Começarei com roteiros.
Ok, ok. Produção... Pós-produção?
Pronto, fiz o curso de editor de vídeo.
Mas chance para arte no Brasil, é para poucos, pouquíssimos.
Por fim hoje estou ao léu.
Tentando me firmar num emprego ou em outro (mas telemarketing é um saco).
Agarrando chances, perdendo outras.
Pensando em algo um pouco mais ''pé no chão''. Jornalista esportivo, quem sabe?
Ou que numa das caminhadas entregando curriculum, algum meteorito caia na minha frente e espalhe radioatividade.
O sonho de ser herói nunca morre, certo?
Lucas Vechiato
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