segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A canção de um rei

Deixe que minha mente enlouqueça.
Ao som de uma valsa nós dançaremos.
Convide a tua insanidade para degustar um bom vinho.
Deixe a fumaça dos cigarros fazerem parte desse momento.
Feche os olhos e mergulhe nesse instante.
Relaxe e fique como veio ao mundo.
Agora nos acompanhe.
No ritmo do mar eu estarei.
E assim como as ondas que engolem o oceano,
eu irei transborda-la esta noite.
Teus meios serão como uma cascata,
teus seios como montanhas,
e teu corpo como uma estrada sinuosa,
aonde iremos nos aventurar.
Deixe-se afogar na mais profunda escuridão.
E quando estiver em estado de volúpia,
nada mais importara.
Seremos apenas nós, sedentos pela carne que transpira,
e aquece ainda mais o presente.
Nos pegaremos em flagrante, em nossa forma mais primitiva.
Seremos testemunhas de um encontro impar,
aonde nos descobriremos mais uma vez.
No reflexo de teus olhos, eu verei-nos.
E guardarei essa memoria eternamente.
E nós continuaremos a dançar, ao ritmo do palpitar de um coração.
E quando tudo incendiar, eu serei água.
E quando tudo esfriar, eu serei fogo.
E iremos nos completar, como um quebra cabeça sujo.
Ousado.
Desafiador.
Intrigante.
Sem regras
Sem lei.
E no fim, iremos nos arrepender.
Mas apenas por um momento.
Porque o corpo saudoso vai ficar.
A mente vai lembrar.
E tua boca vai nos chamar.

Lucas Vechiato






Nenhum comentário:

Postar um comentário