quinta-feira, 17 de julho de 2014

A Estação

O garoto chegara novamente a velha estação de trem.
O local estava vazio.
Havia apenas algumas pessoas.
Estavam vazias também.
Sentou num banco.
A madeira estava fria e úmida.
Acendeu um cigarro.
O tragou.
Horas se passaram.
Nenhum trem à vista.
No céu, apenas pássaros voando longe, longe.
Dias se passaram.
Na estação, as mesmas pessoas vazias, com palavras vagas e sorrisos falsos.
Meses se passaram.
No trilho, apenas as gotas de água fazendo companhia para grama que nascia entre os ferros.
Anos se passaram.
No banco, apenas os corvos fazendo companhia para o corpo já decomposto do velho garoto.

Lucas Vechiato


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