Toc, toc, toc.
Os dedos tamborilam no teclado.
O lápis dorme na ponta da boca.
Os olhos vagam pelo branco.
As ideias não encontram um caminho para o papel.
Tum, tum, tum.
Sinto os segundos passando a cada batida de meu coração.
A noite pouco a pouco tornando-se manhã.
O relógio incansavelmente trocando os números.
A vida se tornando morte.
-, -, -
O silêncio, mútuo, apenas ele e eu.
O destino, de costume pragmático.
Visivelmente, tudo parado.
Psicologicamente, hora a Sé as seis da tarde, hora minha rua as duas e trinta e sete da madrugada.
Tlec, tlec, tlec
O teclado digitando.
Apagando.
E colocando o ponto final.
Lucas Vechiato